quinta-feira, 19 de julho de 2012

Abertura

Neste blog, colocarei questões, notícias e primeiros esboços de assuntos relacionados à meio ambiente, reciclagem, engenharia, gestão e tecnologia ambiental, futuramente, dentro do possível e adequado, a serem expandidos no meu site Medio.


Ferrovias em comparação com rodovias como danosas ao ambiente


Todos sabem que o transporte ferroviária é mais viável economicamente que o transporte rodoviário.

A emissão de gases (poluentes e de efeito estufa, o sempre presente em combustões CO2) será relacionada intimamente com esta ineficiência.

Mas a questão aqui é que demonstra-se rapidamente que o dano ambiental apenas por área ocupada de uma ferrovia é sempre menor que uma rodovia.

Consideremos uma rodovia simples, de duas faixas de 4 metros de largura, mais acostamento de 3 metros. Tem-se uma largura de capeamento de 14 metros. Esqueçamos que há danos periféricos ao meio em margens adiante do acostamento. A simples colocação de uma placa já somaria a esta área.

Estes simples números resultam em 14 mil metros quadrados de ambiente que é substituído pela pavimentação. Por outro ângulo, temos aproximadamente que a cada 72 km de rodovia temos a destruição apenas para a estrada de 1 km² de ambiente, seja ele qual for.

A estrada de ferro, simplesmente pelo fato de ser sempre mais estreita, mesmo quando dupla, já produz números menores.

A esta banal questão acrescentaria o dano que é fruto da própria finalidade do acostamento. Quem encosta, alguma coisa faz, e nem sempre algo bom ao ambiental. Lixo seria um primeiro e óbvio problema.

Acrescentaria em segundo lugar o número de atropelamentos, inversamente proporcional ao tráfego, sempre menos intermitente no ferroviário (novamente sua eficiência) que no rodoviário. A construção de túneis para animais ("passagens de fauna") seria muito mais barata, caso não intrínseca ao próprio projeto típico das ferrovias, com seu tipo de sustentação, trilho-dormentes.

As pontes ferroviárias são sempre mais esguias que pontes rodoviárias.

Por fim, uma limitação, fruto final da ineficiência: existem pátios de manobra de ferrovias e empresas de transporte ferroviário com dezenas de trilhos em paralelo, mas não muito maiores que grandes estacionamentos de shoppings e outros estabelecimentos com grandes acúmulos de automóveis, mas jamais vi uma única estrada de ferro com 4 linhas contínuas de trilhos em paralelo. Sempre duas mãos bastam, pelo menos, para as maiores distâncias.

Mas por fim, uma imagem vale por muito texto:



Túnel do Amor, na Ucrânia, uma estrada de ferro privada no oeste do país.


Leitura recomendada




Extras


I

Estudo reduz a menos da metade estimativa de emissões de CO2 provocadas pelo desmatamento

Pesquisa calcula em 810 milhões de toneladas o total de CO2 lançado na atmosfera, contra estimativa estabelecida pelo IPCC de 1,9 bilhão

II

Reuso de água, um procedimento e produtos relacionados em permanente expansão.



III

Para entender o que seja a produção de biocombustíveis a partir de algas, leia meu artigo:
  • BiocombustíveisSustentabilidade em energia sem acréscimo de dióxido de carbono na atmosfera

IV

www.aspeninstitute.org


Emerging Ecosystems (PDF 1 ), é um modelo teórico proposto por australianos, segundo o qual, o homem é parte indissociável do sistema complexo que é o planeta Terra. O humano fazendo parte das dinâmicas presentes e não as destruindo, pode criar novos ecossistemas com inéditas características. Esta teorização não tem como meta medir questões morais destas modificações, apenas explicá-las do ponto de vista da dinâmica da ecologia.
PDF 2: Richard J. Hobbs, et alNovel ecosystems: theoretical and management aspects of the new ecological world order; Global Ecology and Biogeography, (Global Ecol. Biogeogr.) (2006) 15, 1 –



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