quinta-feira, 17 de julho de 2014

Poucas gotas sobre futuras areias do tempo


Erros básicos e algumas confusões


Existe uma certa e permanente confusão de quem trata, seja em que nível for, do aquecimento global como sendo uma necessária elevação de temperatura em todos os períodos do ano.

O entendimento do que sejam consequências do aquecimento global (e isto independe de seu “motor”, o conjunto de fatores que o geram) neste aspecto é completamente distorcido.

O que interessa para definição de aquecimento é a média, e aqui, sem certamente perceberem, aqueles que afirmam um necessário aquecimento em até todas as datas pensam não em média, mas em “mediana” ou “moda”, conceitos úteis e até necessários em certos campos, mas não no caso.

Vejamos a tabela simples abaixo. Note-se que entre a temperatura 1 e a temperatura 2, houve um incremento de 2 graus. É assim que muitos pensam que tenha de ocorrer, e evidenciar-se o que seja o aquecimento da atmosfera. Todos os meses apresentaram o incremento. Mas na verdade, e temos observado isso claramente, os incrementos podem ser maiores em alguns meses e haver diminuição em outros, com o que trataria por verões e invernos “mais agudos”. No perfil do ano inteiro, a temperatura elevou-se, mas não é isso que impede um rigoroso inverno de poucos dias, que “puxa” a média da temperatura de um mês inteiro para média (do mês) mais baixa que em anos que eram encarados como anteriores a um aquecimento.


Mês
Temp 1
Temp 2
Temp 3
Jan
25
27
29
Fev
27
29
32
Mar
25
27
27
Abr
20
22
22
Mai
20
22
19
Jun
18
20
16
Jul
12
14
9
Ago
10
12
7
Set
16
18
16
Out
19
21
21
Nov
23
25
22
Dez
24
26
29
Média
19,92
21,92
20,75


Estes dados, quando em vistos em gráfico, nos mostram claramente temperaturas mais baixas em determinados períodos, embora percebamos, pelos dados que os originam, que apresentam médias mais altas.

image (2).png

Raciocínios similares podem ser feitos para temperaturas em regiões, onde certas partes de um país, por exemplo, terão dias mais frios, ainda que na média, o território em questão inteiro esteja apresentando médias mais altas.[1]


As mudanças nas precipitações

A Psicrometria (ciência que trata do comportamento do ar e vapor d’água) determina que mesmo com uma temperatura mais alta, chegará o momento que a saturação de vapor na atmosfera será insustentável, e terá de haver precipitação a menor mudança de pressão ou temperatura.

Considerando que o aquecimento global aumenta a convecção (a energia térmica se propagando através do transporte de matéria) atmosférica - leia-se ventos e correntes - as alterações do regime de chuvas são consequência inexorável, incluindo efeitos nas precipitações extremas (chuvas intensas) e períodos de seca, como na navegação aérea, pois em ambas a situações, o aquecimento global como fator de aumento da temperatura média da atmosfera próxima da superfície terrestre atua como um potencializador, provocando um desequilíbrio maior entre a temperatura na superfície e nas camadas mais elevadas da atmosfera, estimulando a formação de cúmulos-nimbos, nuvens que tipicamente produzem muita chuva, com o fator global de aumentarem as diferenças entre a temperatura dos polos e dos trópicos, com intensificação das correntes de ar.[2]
“O aquecimento global dá origem a um número maior de fenômenos atmosféricos extremos, dentre eles os que são responsáveis pela turbulência aeronáutica” - Rubens Villela, meteorologista do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP).[2]


Disto, tem-se que onde antes apresentávamos um regime com confiável média de chuvas, com pouca variação em distância dos valores do esperado, ano após anos, passaremos a ter regimes de chuvas intensas em períodos antes tradicionais de chuva, quando poderemos ter enchentes, e períodos de seca onde antes esperava-se apenas redução da precipitação.

Como exemplo maior deste tipo de processo, temos que com a não ocorrência da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS),[Nota 1] a massa de água evaporada na Amazônia não precipita-se sobre o sudeste brasileiro, conduzindo à drástica redução de precipitação recente nesta região, com histórico de mais de ano anterior a 2014, agravada significativamente neste ano, e com a redistribuição desta massa evaporada em chuvas na própria região amazônica e suas fronteiras, fenômenos de cheias anormais de rios e consequentes enchentes, como a do rio Madeira, associado a consequente influência do fenômeno conhecido como Alta da Bolívia, grande área de instabilidade que se forma por conta do elevado calor e umidade gerado pela floresta Amazônica.[3][4][5][6][7][8][9][10][11][12][13]

Soma-se a estes recentes e bem estudados fenômenos os já estudados num certo nível fenômenos do Sistema de Monção da América do Sul (SMAS), a Oscilação Sul-El Niño (OSEN) e a Oscilação Madden-Julian (OMJ), sempre associados a fenômenos extremos na América do Sul.[14][15][16][17]

Um panorama genérico e bastante didático é apresentado no excelente artigo da trivial Wikipédia em português, artigo “Impactos do aquecimento global no Brasil”. Ver Leituras recomendadas.

Uma região específica a se tratar - o sul do Brasil

Estudos tem apresentado estimativas de tendência de aumento de até 30% a cada década da precipitação na bacia do Prata, ou seja, esta região está apresentando uma caracterização de passar a possuir “estação das chuvas”, tendo sido observada uma intensificação das chuvas no Sul e partes do Sul do Brasil, na bacia do Paraná-Prata desde 1950, consistente com tendências similares em outros países do Sudeste da América do Sul, embora no sudeste o total anual de precipitação pareça não ter sofrido modificação perceptível nos últimos cinqüenta anos.[15]

Percebamos que isto concorda com nossa argumentação anterior de manutenção da média, ainda que com períodos no ano de fenômenos mais intensos.

Na região Sul do Brasil, o aumento sistemático das chuvas pode também ser observado nos registros hidrológicos, nas vazões do Rio Jacuí, em Espumoso e em Passo Bela Vista, apresentando tendências positivas, sendo que o mesmo pode ser afirmado em relação às vazões dos rios Paraná, em seu trecho inferior, Uruguai e Paraguai, e no Rio Paraná, na região de Corrientes.[15]

Desde meados da década de 1970, surgem mudanças no regime de chuva, correspondentes com mudanças na região amazônica, e desde o período 2001-2003 vem se observando uma aceleração das modificações. As séries das vazões na bacia do Rio Paraná apresentam uma marcante instabilidade entre os períodos anterior e posterior à década de 1970, com um incremento de vazão apresentando variações em cerca de 30%. Esse período coincide aproximadamente com a época das vazões acima da média observadas nos rios Paraná, Uruguai e Paraguai, e no Rio Iguaçu, com tendências de incremento da chuva na bacia, uma média de cerca de 6% superior, para o período de 1971 a 1990, se comparado com o de 1930-1970, existindo amplas evidências de que mudanças no uso da terra nas bacias dos rios Alto Paraná, Paraguai e Uruguai podem ter contribuído para um aumento de 28% no fluxo médio do Rio Paraná desde 1970.[15] São feitas associações com o desmatamento e relacionado uso da terra, mas nosso enfoque aqui não tratará de tais fatores.

Diversos estudos apontam o que desde o início apontamos: a questão mais grave não é o incremento anual de precipitação e temperatura, mas as variações crescentes, apresentando “picos” e “vales” no perfil anual onde antes percebia-se claramente estabilidade. [18][19][20][21][22][23][24][25]


Destacamos:

“No futuro, quase toda a América do Sul, a intensidade da precipitação vai aumentar. Em particular, a intensidade da precipitação é maior sobre o sudeste da América do Sul na simulação atual, onde a mudança futura também é grande, o que implica um risco crescente de enchentes na região, incluindo o Rio Paraná.”[26]


Destacamos a imagem:[27]


504357.fig.002


Vê-se nesta imagem as mudanças qualitativas projetados para o final do século XXI, em determinado cenário de emissão de gases de efeito estufa.[Nota 2] São apresentadas as mudanças de precipitação (mapas superiores) e temperatura (mapas inferiores). O tamanho das setas indica a magnitude das alterações projetadas.[27]

Durante os últimos 10 anos, simulações com modelos climáticos regionais (RCMs) tem sido realizados para diversas finalidades sobre a região da América do Sul. Os primeiros esforços se concentraram principalmente em estudos de sensibilidade para os mecanismos físicos e aspectos técnicos. Os últimos desenvolvimentos centraram-se principalmente no fornecimento de informações de alta resolução sobre a mudança climática regional.[27]

Resultados apresentados motram padrão de enfraquecimento da circulação tropical e fortalecimento da circulação subtropical, marcado pela intensificação na superfície do baixo Chaco e os altos subtropicais. Com forte aquecimento (4-6 °C) da América do Sul aumenta o gradiente de temperatura entre a América do Sul e o oceano Atlântico Sul. Isto levaria a fortes gradientes SLP (sea-level pressure, pressão ao nível do mar) entre os continentes e oceanos, e às mudanças no transporte de umidade e precipitação. Grandes reduções de precipitação são previstas na Amazônia e Nordeste do Brasil (chegando a 40%), e os aumentos de chuva em todo o litoral norte do Peru e do Equador e no sudeste da América do Sul, chegando a 30% no norte da Argentina, sendo todas as alterações são mais intensas após 2040.[28]
Destacamos, em informativo:

“Padrões de chuva podem mudar drasticamente, aumentando em até 30 por cento no sul e sudeste do país, enquanto diminui em até 40 por cento no Norte e Nordeste.”[29]

Em estudo recente, temos que ainda que as observações sobre a região estejam longe de serem abrangentes, em todos os cenários climáticos futuros consideradas todas as partes da região experimentariam significativas e muitas vezes diferentes mudanças na precipitação e extremos de temperatura. No futuro, a ocorrência de noites quentes deverá ser mais frequente em toda a América do Sul tropical, enquanto a ocorrência de eventos de noite fria são suscetíveis de diminuir. Mudanças significativas nos extremos de chuva e períodos secos também são projetados. Estes incluem o aumento da intensidade de eventos extremos de precipitação sobre a maior parte do sudeste da América do Sul e na Amazônia ocidental consistente com as tendências crescentes projetadas no total de precipitação.[30]


Relações entre o aumento da temperatura da superfície do oceano e alterações na precipitação na região sul do Brasil tem sido apresentadas, em concordãncia com outras alterações similares em mesmas latitudes.[31] Estudos sobre os efeitos sobre o bioma e sua alteração também tem sido realizados, mostrando as transições prováveis entre floresta tropical e savana.[32]


Especificamente para o Rio Grande do Sul, mostrando intensificação do que definimos como eventos “agudos” de “picos” e “vales”, em relação a intervalo que corresponde de 1978
a 2007 observa-se que não existe uma tendência única nem positiva nem negativa para todos os meses, mas, verifica-se, em praticamente todo o Estado, uma tendência negativa no mês de maio e positiva no mês de agosto. Análises de dados mostram que num período de 90 anos, a temperatura mínima média mensal apresentou um acréscimo de 3,24°C para a região de Iraí, 0,76°C em Santana do Livramento e de 2,27°C em Pelotas, embora com certa estabilidade nos últimos 30 anos.[33]

Em 37 localidades do Estado do Rio Grande do Sul, durante sete décadas do período de 1931 a 2000, houve variabilidade das temperaturas mínima, máxima e média do ar trimestral entre os locais e entre as décadas em alguns trimestres, sendo que as décadas de 60, 70 e 80 apresentaram temperaturas médias superiores às temperaturas das décadas de 30, 40, 50 e 90.[34]

É pesquisado que para o Rio Grande do Sul deslocamentos de massas de ar frio, provenientes da região antártica e subantártica, que atingiram o sul do Brasil entre 2004 e 2007, provocaram anomalias negativas de até -3,0ºC nas temperaturas médias mensais (mínimas e máximas), sendo que com a diminuição desta circulação foi responsável pelas anomalias positivas de até +4,4ºC.[35]


Para o cultivo específico de maçã na região de Vacaria, o número mínimo de horas de frio tem evidenciado ser atingido em 80% dos anos, com um tendência significativa para o futuro de aumento da temperatura mínima do ar e de redução do número de horas de frio, com a precipitação pluvial média da primavera apresentando tendência de aumento.[36]


Dado que os últimos verões tem apresentado temperaturas elevadas, com ocorrência de ondas de calor, somado a distribuições no tempo e geográficas de intensas precipitações, que pelo fator “média” acima defendido conduzirão a eventos de frio intenso no inverno e baixa precipitação, os órgãos estatais relacionados à agricultura do Rio Grande do Sul tem apresentado medidas a serem tomadas para os períodos de redução de precipitação, como o exemplo que se segue:

PARA A FRUTICULTURA [37]
1. Manter a cobertura morta, de forma que esta proteja o solo e retenha a água;
2. Realizar adubação somente quando o solo apresentar umidade adequada;
3. Para minimizar danos por geada em frutíferas, evitar a adubação com nitrogênio,
tendo em vista o estímulo a novas brotações no período frio;
4. Para cultivos em ambiente protegido, elevar a radiação solar no ambiente, retirando
as telas.

Notas
1. A zona de convergência do Atlântico Sul, ou ZCAS, é um eixo alongado de nuvens, precipitação e ventos convergentes orientados de forma noroeste-sudeste através do sudeste do Brasil ao sudoestes do oceano Atlântico. Por definição, o recurso é um cavado de monção (região de uma monção onde a pressão atmosférica é a menor). É mais forte na estação quente. Tempestades e atividades elétricas na atmosfera são características e ampliadas ao longo de três ou mais dias, quando a oscilação Madden-Julian* passa pela região, devido à divergência superior reforçada. Ventos de baixo nível sobre Rondônia estão ligados à força desta zona, onde as anomalias de vento de oeste correlacionam fases ativas da monção sul-americana, enquanto as anomalias de vento de leste indicam quebras de atividade ao longo da ZCAS. O recurso também é mais forte com anomalias negativas na temperatura padrão da superfície do mar que situam-se sobre o oceano Atlântico Sul, enquanto as condições opostas prevalecem através do Oceano Atlântico Norte. - en.wikipedia.org - South Atlantic Convergence Zone

* A oscilação Madden-Julian (MJO, de Madden–Julian Oscillation) é o maior elemento da variabilidade intrasazonal (30-90 dias) na atmosfera tropical, e foi descoberta por Roland Madden e Julian Paul, do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica (NCAR), em 1971. É um acoplamento de grande escala entre a circulação atmosférica e convecção profunda tropical.

2. Fizemos uma longa apresentação do que seja efeito estufa e os gases e vapores a ele relacionados em Efeito Estufa - O fenômeno por trás de um possível aquecimento global antropogênico - Scientia.


Referências

1. Algumas questões sobre aquecimento global - I - A possibilidade de num aquecimento global,
ter-se áreas ou períodos de menor temperatura - Francisco Quiumento - Scientia est Potentia


2. AQUECIMENTO GLOBAL AUMENTA VELOCIDADE DOS VENTOS? -
Filosofia Climática, 2013.


3. Leão Serva; Para ganhador de prêmio Nobel, cheias no Norte e secas no Sudeste estão conectadas, 2014. - www1.folha.uol.com.br

4. Leão Serva; Para ganhador de prêmio Nobel, cheias no Norte e secas no Sudeste estão conectadas, 2014. - amazonia.org.br (Contém ilustração sobre o fenõmeno.)

5. CHARLES JONES & JOHN D. HOREL; A CIRCULAÇAO DA ALTA DA BOLIVIA E A ATIVIDADE CONVECTIVA SOBRE A AMÉRICA DO SUL; Revista Brasileira de Meteorologia; 1990: Vol. 5(1), 379-387 - www.rbmet.org.br

6. Lívia Alves Alvarenga; Precipitação no sudeste brasileiro e sua relação com a Zona de Convergência do Atlântico Sul; Revista Agrogeoambiental v4n2, agosto 2012. - joomla3.ifsuldeminas.edu.br



7. ALVES, L. M.; MARENGO, J. A.; CAMARGO JR., H.; CASTRO, C. Início da estação chuvosa na região Sudeste do Brasil: Parte 1 – Estudos observacionais. Revista Brasileira de Meteorologia, v. 20, n. 3, p. 385-394, 2005. - mtc-m18.sid.inpe.br


8. ALVES, L. M.; MARENGO, J. A.; CASTRO, C. A. C. Inicio das chuvas na Região Sudeste do Brasil: Analise Climatológica. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE METEOROLOGIA, 12., 2002, Foz do Iguaçu. Anais... 2002. p. 1403-1410. CD-ROM.  - www.researchgate.net


9. BEIJO, L. A.; MUNIZ, J.A.; CASTRO, N. P. Tempo de retorno das precipitações máximas em lavras (MG) pela distribuição de Valores Extremos Tipo 1. Revista Ciência e Agrotecnologia, v. 29, n.3, p. 657- 667, 2005. - www.scielo.br

10. BRANDÃO, R. S.; FISCH, G. F. A Zona de Convergência do Atlântico Sul e seus impactos nas enchentes em áreas de risco em Guaratinguetá-SP. Revista Biociências, v. 14, n. 2, p. 95-103, 2009. - periodicos.unitau.br

11. LIMA, K. C.; SATYAMURTY, P.; FERNÁNDEZ, J. P. R. Large-scale atmospheric conditions associated with heavy rainfall episodes in southeast Brasil. Theoretical and Applied Climatology, v. 101, n. 1- 2, p. 121-135, 2010. - link.springer.com

12. LIEBMANN, B.; JONES, C.; CARVALHO, L. M. V. Interannual variability of daily extreme precipitation events in the state of Sao Paulo, Brazil. Journal of Climate, v. 14, n. 2, p. 208–218, 2001. - www.icess.ucsb.edu


13. VASCONCELLOS, F. C. Variabilidade atmosférica associada a casos extremos de precipitação na Região Sudeste do Brasil. 2008. 110 p. (INPE-15226-TDI/1318). Dissertação (Mestrado em Meteorologia) - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, São José dos Campos, 2008. - mtc-m17.sid.inpe.br


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15. José Antônio Marengo; Água e mudanças climáticas; Estud. av. vol.22 no.63 São Paulo  2008 - ISSN 0103-4014 - www.scielo.br


16. Jéssica Lipinski; Enchentes devem aumentar com aquecimento global, diz estudo; Instituto CarbonoBrasil,  2013. - www.institutocarbonobrasil.org.br


17. Marengo, J. et. al. 2007. Caracterização do Clima Atual e Definição das Alterações Climáticas para o Território Brasileiro ao longo do Século XXI - mudancasclimaticas.cptec.inpe.br


18. Carolina Vera, Gabriel Silvestri, Brant Liebmann, and Paula Gonzalez; Climate change scenarios for seasonal precipitation in South America from IPCC-AR4 models; GEOPHYSICAL RESEARCH LETTERS, VOL. 33, L13707, doi:10.1029/2006GL025759, 2006 - mudancasclimaticas.cptec.inpe.br

NO GOOGLE DRIVE [ Vera - Clim ch scen for seas precip south america ]

19. Luis F. Salazar, Carlos A. Nobre, and Marcos D. Oyama; Climate change consequences on the biome distribution in tropical South America; GEOPHYSICAL RESEARCH LETTERS, VOL. 34, L09708, doi:10.1029/2007GL029695, 2007. - ftp.biosfera.dea.ufv.br




20. Y GERALD A. MEEHL et al; THE WCRP CMIP3 MULTIMODEL DATASET - A New Era in Climate Change Research; AMERICAN METEOROLOGICAL SOCIETY SEPTEMBER 2007 - eprints.uni-kiel.de


NO GOOGLE DRIVE [ THE WCRP CMIP3 - BAMS-88-9-1383 ]


21. Future climate change projections for the Latin American region (from Mexico southwards) - www.ccafs-climate.org




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NO GOOGLE DRIVE: [ Marengo - Fut ch climate South America ]
23. IPCC Fourth Assessment Report: Climate Change 2007 - 11.6 Central and South America - www.ipcc.ch


24 J. Blázquez, M. Nestor Nuñez and S. Kusunoki, "Climate Projections and Uncertainties over South America from MRI/JMA Global Model Experiments," Atmospheric and Climate Sciences, Vol. 2 No. 4, 2012, pp. 381-400. doi: 10.4236/acs.2012.24034. - www.scirp.org


25. Jose A. Marengo; Regional Climate Change Scenarios for South America-The CREAS project; Advances in Meteorology, Volume 2013 (2013), Article ID 504357, 13 pages


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27. Silvina A. Solman; Regional Climate Modeling over South America: A Review - Review Article; Advances in Meteorology, Volume 2013 (2013), Article ID 504357, 13 pages - www.hindawi.com

28. Jose A. Marengo et al; Development of regional future climate change scenarios in South America using the Eta CPTEC/HadCM3 climate change projections: climatology and regional analyses for the Amazon, São Francisco and the Paraná River basins; Climate Dynamics
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29. Jan Rocha; With Climate Change, Brazil Faces Drop in Crops; September 24, 2013. - www.dailyitem.com


30. J. A. Marengo, R. Jones, L. M. Alvesa and M. C. Valverde; Future change of temperature and precipitation extremes in South America as derived from the PRECIS regional climate modeling system; INTERNATIONAL JOURNAL OF CLIMATOLOGY; Int. J. Climatol. (2009) - precis.metoffice.com




31. M. R. HAYLOCK et al; Trends in Total and Extreme South American Rainfall in 1960–2000 and Links with Sea Surface Temperature; JOURNAL OF CLIMATE, VOLUME 19, 1490. - etccdi.pacificclimate.org


32. Luis F. Salazar, Carlos A. Nobre, and Marcos D. Oyama;; Climate change consequences on the biome distribution in tropical South America; GEOPHYSICAL RESEARCH LETTERS, VOL. 34, L09708, doi:10.1029/2007GL029695, 2007 - ftp.biosfera.dea.ufv.br


33. JOÃO, Milena Machado. Análise do Comportamento das Temperaturas Máximas
e Mínimas Médias Mensais para o Rio Grande do Sul. 2009. 137p. Dissertação
(Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Meteorologia. Universidade Federal
de Pelotas, Pelotas. - www2.ufpel.edu.br




34. Alberto Cargnelutti Filho, Ronaldo Matzenauer, Jaime Ricardo Tavares Maluf, Denise Cybis Fontana; Análise decadal da temperatura do ar no estado Rio Grande do Sul; REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA, Volume 8 - Número 2 - 2º Semestre 2008 - ISSN 1519-5228 - eduep.uepb.edu.br

35. Carpenedo, Camila Bertoletti, et al. "Circulação de massas de ar antárticas e subantárticas e sua influência nas temperaturas do Rio Grande do Sul entre 2004 e 2007." XV Congresso Brasileiro de Meteorologia. 2008. - mtc-m18.sid.inpe.br


36. Loana Silveira CardosoI, et al;; Disponibilidades climáticas para macieira na região de Vacaria, RS; Cienc. Rural vol.42 no.11 Santa Maria Nov. 2012. - ISSN 0103-8478 - dx.doi.org - www.scielo.br


37. CONSELHO PERMANENTE DE AGROMETEOROLOGIA APLICADA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - Prognósticos e recomendações para o período Maio/junho/julho de 2014 - Boletim de Informações nº 39 - 06 de maio de 2014.  - www.cemet.rs.gov.br


Leituras recomendadas


Impactos do aquecimento global no Brasil - pt.wikipedia.org


Jose A. Marengo; Mudanças climáticas, condições meteorológicas extremas e eventos climáticos no Brasil - www.fbds.org.br


Caroline Leivas Borges & Jacqueline Pontes Parini ; O Rio Grande do Sul em um cenário de mudanças climáticas; Reportagem realizada em Novembro de 2007. - www.ufrgs.br


Leonardo ChechiI; Fábio M. BayerII; Modelos univariados de séries temporais para previsão das temperaturas médias mensais de Erechim, RS; Rev. bras. eng. agríc. ambient. vol.16 no.12 Campina Grande Dec. 2012 - dx.doi.org - www.scielo.br


Extras